O termo "investir" foi freqüente durante as respostas dadas por especialistas da área econômica. Com a economia aquecida, queda da cotação do dólar, fortalecimento dos investimentos em ações, segue-se, então, um caminho seguro para que os jovens possam investir e, por conseqüência, obter a garantia de consolidar a vida no futuro, com recursos previdenciários e orçamento familiar. Porém, a economia é variante. Ao mesmo tempo em que pode garantir fonte de lucros, pode também, permitir prejuízos consideráveis.
De acordo com o professor de Economia da PUC-Campinas, José Alex Rêgo Soares (esq.), “a economia é presente na nossa vida e tem impactos extremamente importantes no dia-dia de nossas vidas, sendo assim ela é muito importante para deixar apenas sob a responsabilidade dos economistas”.
Segundo Soares, a economia é atividade que deve ser discutida entre os jovens. “O jovem é parte dessa discussão não apenas como um investidor, mas como um agente de tem que se preocupar com os desdobramentos da economia e a sociedade de um modo geral, já que economia interfere em todos os poros da nossa sociedade”.
Para a consolidação deste processo, o jovem brasileiro deve inserir-se em um projeto de conscientização, como afirma o gerente de Relacionamentos do Banco ABN-Amro Bank – recentemente adquirido pelo Banco Santander – André Roberto de Morais. “O jovem brasileiro não possui a cultura de investir. Ele possui o hábito de consumir, deseja manter o status agora, esquecendo de prever o futuro e a necessidade de reservas monetárias.”
Morais aponta que a juventude norte-americana possui uma visão conceituada sobre este tema. “Nos EUA os pais, desde o nascimento dos filhos, preocupam-se em investir e garantir economias suficientes, para que, quando chegar à universidade, o jovem possa cursar a graduação e ter as noções básicas para realização de investimentos próprios, e, geralmente, são em ações.”
Mesmo assim, o mercado brasileiro comemora o crescimento, gradativo, dos investimentos dos jovens, sejam em cadernetas de poupança, fundos de renda fixa, como CDB, RDB e ações. Essas aplicações podem ser divididas de acordo com os critérios de rentabilidade requeridos pelo investidor. O retorno pode ser classificado como longo, médio e a curto prazo, determinado por escala que vai de moderado a agressivo. Mas, “o investimento está relacionado com a possibilidade de ganhos em função de sua disponibilidade de recursos para aplicar e, no meio da juventude temos tanto grupos mais arrojados quanto mais conservadores”, analisa Soares.
segunda-feira, novembro 12, 2007
Investimentos econômicos atraem jovens aplicadores
"Conscientizar sobre educação financeira é importante", aponta gerente.
A fim de permitir crescimento significativo e sustentável da juventude no mercado de investimentos, a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), realiza o projeto EDUCAR que visa trabalhar conceitos financeiros e solidificar noções de investimentos no mercado acionário. Busca demonstrar aos jovens a importância de investir agora e, fazer com que o controle orçamentário seja administrável.
Jambres Alves
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