terça-feira, novembro 27, 2007

"O risco de um racionamento é baixo", afirma especialista

Para diretor da Elektro, o gás é hoje o problema real

O Brasil não deve sofrer outra crise energética nos próximos cinco anos. A afirmação é de Luiz Otávio Assis, diretor executivo Comercial e de Suprimento de Energia da Elektro, distribuidora de energia elétrica que atende 228 municípios brasileiros. De acordo com ele, até 2012 o risco de racionamento de água é muito baixo.

“A probabilidade de passarmos por um novo racionamento de energia é muito pequena", disse Assis. Para ele, a construção da hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, e os investimentos da Petrobrás em termoelétricas estão entre as medidas que garantirão o abastecimento energético do país até 2012.

Assis ainda afirmou que, quando o Brasil saiu do racionamento em 2002, o consumo aproximado de energia elétrica da população havia baixado cerca de 25%. Como isso, houve uma oferta energética maior do que a demanda e os preços despencaram. "Nos últimos anos, o consumo voltou ao normal e o mercado percebeu que não existe mais sobra. Não dá para afirmar quanto, mas as tarifas energéticas tendem a subir", previu.

A previsão é que a próxima discussão seja somente em 2013, para saber se será possível aproveitar a capacidade hidrelétrica total da Amazônia ou não. "A falta de água é um risco baixo", falou o especialista. Para ele uma das preocupações que deve se levar em conta é que não existe ainda substituto para o gás boliviano. "A questão do gás tem um risco maior, porque depende de questões políticas. O gás é um problema.", conclui.

A demanda de gás já maior do que a oferta no Brasil, é importante ficar atento pois analisando o mercado já podemos perceber que não existe mais sobra. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o consumo de energia no País cresceu 4,8% nos últimos doze meses em relação ao período anterior. Apenas em outubro, o aumento foi de 7,5% comparado ao mesmo mês em 2007. "O preço da energia elétrica é outra conversa, pois tende a subir", alerta Luiz Otávio Assis.

Martha Romano e Tanara Danilevicz

Um comentário:

Unknown disse...

otima matéria! Depois do racionamento de energia realmente ficaram duvidas de quando isso iria acontecer novamente! Parabéns!